APRA-TO repudia “insinuação” de que pedido de afastamento de delegado tenha cunho político

17/01/2019 22/01/2019 17:32 1261 visualizações

A Associação dos Praças Militares do Estado do Tocantins (APRA-TO) divulgou nota nesta quinta-feira, 17, repudiando a “insinuação” do Sindicato dos Delegados da Polícia Civil do Estado do Tocantins (Sindepol-TO), de que o pedido de afastamento do delegado Cassiano Oyama tenha cunho político-partidário.

Oyama e mais dois policiais civis foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE) pela morte do sargento José Maria Rodrigues de Almeida, em abril de 2018. Porém, a Corregedoria da Polícia Civil conclui, em inquérito, que os mesmos agiram em legítima defesa.

Com isso, a Diretoria da APRA-TO decidiu se reunir com os demais presidentes vinculados à Federação dos Praças Militares do Estado do Tocantins (Faspra-TO) na sexta-feira, 18. Após o encontro, os dirigentes vão protocolar ofício ao governador Mauro Carlesse solicitando a imediata suspensão do delegado Oyama de todas as suas funções, até que seja finalizada a ação penal contra ele.

A entidade informa à população que esta é a segunda vez que policiais militares são mortos por ações desastrosas envolvendo outras forças de segurança pública.

 

Confira a íntegra da nota:

“A Associação dos Praças Militares do Estado do Tocantins (APRA-TO) repudia a insinuação do Sindicato dos Delegados da Polícia Civil do Estado do Tocantins (Sindepol-TO), de que as ações da entidade tenham cunho político-partidário e informa à população que é a segunda vez que policiais militares são mortos por ações desastrosas envolvendo outras forças de segurança pública.

Em novembro de 2015, o sargento Wiratan Fraga dos Santos foi assassinado covardemente, por vaidade, e por falta de comunicação entre as forças policiais. Já o caso mais recente é o do sargento José Maria Rodrigues, morto em abril do ano passado. Ele foi abordado por quatro policiais civis e teve sua vida ceifada sem qualquer fundamento e sem possibilidade de defesa.

Para a entidade, o inquérito conduzido pela Corregedoria da Polícia Civil na investigação do caso, que concluiu que os policiais civis agiram em legítima defesa, demonstrou imenso corporativismo; visto que o procedimento realizado pelo Ministério Público Estadual (MPE) denunciou o delegado Cassiano Oyama e dois componentes de sua equipe, por homicídio. A APRA-TO entende que a cúpula do sindicato dos delegados da Polícia Civil está tentando convencer a opinião pública, para demonstrar no júri popular que tudo não passou de uma mera fatalidade.

A entidade esclarece ainda que o que motivou o pedido de afastamento foi a conclusão do inquérito da Corregedoria da Polícia Civil e não o fato do advogado Antônio Ianowich Filho, responsável pela defesa de envolvidos na Operação Catarse, assumir a assistência de acusação no caso envolvendo o sargento Rodrigues. A Associação ressalta que ficou surpreendida com a insinuação do Sindepol e que tomou conhecimento de que o advogado entrou no caso pela imprensa.

Por fim, a APRA-TO destaca que apoia qualquer tipo de ação que objetiva resguardar o bom uso do dinheiro público. No entanto, visando a harmonia entre as forças de segurança pública, entende que o delegado denunciado pela morte do sargento Rodrigues deve ser substituído por outro profissional e afastado de qualquer procedimento administrativo, até a conclusão da ação penal em desfavor do mesmo.”

Palmas, 17 de Janeiro de 2019

Associação dos Praças Militares do Estado do Tocantins