A Federação das Associações de Praças Militares do Estado do Tocantins (FASPRA-TO) vem a público parabenizar a atuação dos militares de Gurupi-TO e região, bem como todos os demais militares do Estado do Tocantins, que agiram corajosamente contra os criminosos responsáveis por uma verdadeira noite de terror no município, conhecido como capital da amizade, na noite do último domingo (11).
É de conhecimento de todos que a Polícia Militar do Estado do Tocantins tem funcionado em condições de precariedade: com efetivo abaixo do mínimo e falta de equipamentos e armamentos adequados. No entanto, mesmo em circunstancias desfavoráveis, os policiais militares tem desempenhado suas atividades da melhor forma possível.
Há tempos a Federação vem cobrando e sugerindo insistentemente que o governo adote ações cabíveis para remediar o cenário pernicioso no qual se encontra a segurança pública do Tocantins. A implantação do horário extraordinário e realização do concurso para aumento do efetivo nas ruas em até 30% são medidas que devem ser efetivadas o quanto antes e que, se adotadas, representarão um impacto financeiro irrisório diante do enorme benefício que trará à segurança da sociedade.
A FASPRA-TO observa com tristeza que o Diário Oficial traz, quase que diariamente, nomeações e mais nomeações além de verbas exacerbadas destinadas à eventos e, contraditoriamente, não destina investimento para melhorar a segurança pública no Estado e com aprovados aguardando para serem convocados nos concursos da Secretaria de Segurança Publica e Secretaria da Defesa Social.
Diante de tamanho descaso, a Federação faz os seguintes questionamentos: Será se a segurança é realmente prioridade? Vão esperar quantos cidadãos e policiais militares morrerem para tomarem as providências necessárias? A segurança pública é de fato ‘integrada’?
A FASPRA-TO aproveita o momento para solicitar uma integração real entre as forças de segurança, com menos vaidade e mais pro atividade. A Polícia Militar não faz interceptações telefônicas e trabalha no serviço ostensivo sem saber o que vai acontecer no momento seguinte, entretanto, quando utiliza seus serviços de inteligência, sofre represarias das demais forças alegando usurpação de função.
É lamentável que quando surgem as problemáticas e as crises mais profunda na área de segurança o órgão culpabilizado seja sempre a PM. Mesmo não sendo função direta da corporação, a Polícia Militar sempre tem respondido a altura as demandas sociais. Na ocorrência em questão, a PM trocou tiros no momento certo para evitar que inocentes ficassem feridos, interceptou veículos, recuperou, em menos de 24h, mais 5 milhões do dinheiro roubado, e, no momento, possui centenas de homens no mato a procura dos criminosos.
A Federação recorda os assaltos recorrentes no último ano, a exemplo dos atentados ao Banco do Brasil nos municípios de Guaraí, Pedro Afonso, e agora em Gurupi, e ressalta que não é colocando uma viatura com dois homens para fazer patrulhamentos e abordagens que o problema será resolvido. Como tem chegado ao conhecimento desta entidade, o crime está organizado e os órgãos de segurança pública precisam se colocar à frente e integrar suas forças para combate-lo.
Por fim, e diante de todo o exposto, a FASPRA-TO solicita a urgente integração entre as forças de segurança pública, comandos e governo e a implementação imediata do horário extraordinário como forma de amenizar as problemáticas em relação ao efetivo da PMTO e, consequentemente, oferecer condições adequadas para o combate eficaz às atividades criminosas.
Sargento Jenilson - vice presidente da FASPRA
11 de Setembro de 2024 às 12:16