A Associação dos Praças Militares do Estado do Tocantins (APRA-TO) manifesta profunda indignação diante da recente decisão judicial que condenou o Estado do Tocantins a indenizar os pais dos ex-detentos responsáveis pelo assassinato do Sargento Paulo Pereira da Silva e pela tentativa de assassinato do Sargento Josafá Ferreira de Araújo, em um atentado ocorrido no dia 03 de maio de 2016 no munícipio de Colmeia-TO.
Segundo decisão emitida pelo titular da Comarca de Colmeia, juiz Ricardo Gagliardi, os pais dos criminosos que foram assassinados dentro da prisão, receberão uma indenização no valor de 160 mil reais e o Estado ainda terá que arcar com 1,8 mil reais pelas despesas funerárias.
Diante do exposto, a APRA-TO lamenta a posição da justiça que demora meses para indenizar militares, os quais por dedicarem suas vidas em defesa da sociedade e do Estado estão sujeitos a todo tipo de ataque, e, no entanto, deferem ações indenizatórias milionárias em defesa de criminosos.
Vale lembrar, inclusive, que as indenizações para os militares são pagas pelos próprios companheiros de farda, através do pecúlio, e ainda assim as famílias dos policiais mortos precisam lidar com a morosidade do judiciário para receberem o que têm direito. Vale também questionar, neste caso, se o Sargento Josafá, ferido no mesmo atentado, recebeu algum apoio ou indenização para tratar os ferimentos que lhes deixaram graves sequelas físicas e psicológicas.
Por fim, a APRA-TO entende que a referida decisão que beneficia a família dos criminosos é um claro e grave exemplo de inversão de valores sociais, medida pelo amparo aos mal feitores e desassistência aos policiais. A APRA-TO acredita que decisões como esta são nocivas à imagem da corporação no imaginário social e ofendem diretamente todos os servidores da segurança pública.
11 de Setembro de 2024 às 12:16